terça-feira, 26 de outubro de 2010

Autoridades haitianas combatem epidemia de cólera, diminui ritmo de mortes

PORTO PRÍNCIPE (AFP) - As autoridades de saúde haitianas trabalhavam nesta segunda-feira para conter a expansão da epidemia de cólera que assola o país, esperançosas com as estatísticas que mostram uma redução no número de doentes e mortes.

O balanço de 259 mortos e 3.115 pessoas infectadas, divulgado pelo diretor geral do ministério da Saúde, Gabriel Thimoté, representa um aumento de apenas 33 vítimas mortais da epidemia em um período de 24 horas.
A doença "está limitada a um perímetro bem definido" na região de Artibonite (norte) e em partes do centro, informou no domingo a ministra das Relações Exteriores Marie-Michele Rey.
Na Suíça, onde participa de uma cúpula de países francófonos, Rey disse que, neste momento, "aqueles que estão lá parecem estar em condições de conter a situação".
Há temores, no entanto, de que uma crise sanitária sem precedentes se instale se a epidemia se infiltrar nos precários campos de desabrigados de Porto Príncipe, onde centenas de milhares de pessoas vivem desde o terremoto que destruiu o país em janeiro.
A França anunciou nesta segunda-feira que prepara o envio de uma missão médica de emergência para ajudar a combater o surto de cólera.
"Estamos reunindo uma missão médica de emergência para mandar ao Haiti, que partirá das Antilhas francesas", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero.
"Desde o anúncio da epidemia de cólera no Haiti, o Ministério das Relações Exteriores mobilizou o conjunto dos serviços correspondentes para tomar as medidas necessárias no contato direto com as autoridades haitianas, as agências da ONU e em especial a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as organizações não-governamentais", acrescentou Valero.
A cólera é transmitida através da água e de alimentos contaminados, e pode se espalhar como um rastilho de pólvora pelos acampamentos provisórios, que sofrem com as sofríveis condições de higiene.
"Sabemos como prevenir as mortes por cólera", indicou no domingo Catherine Bragg, coordenadora adjunta de Ajudas de Emergência da ONU, referindo-se ao fornecimento de antibióticos, ao tratamento da água e à distribuição de produtos de higiene básica.
A cólera era considerada uma doença erradicada no Haiti há mais de um século, mas voltou a aparecer depois das fortes chuvas que castigaram várias regiões do norte do país na semana passada.

http://noticias.terra.com.br/

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