segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pé grande, coração maior

Desconhecido



Era um dia muito quente. Todos procuravam algum tipo de refrigério, logo, uma sorveteria parecia ser uma boa opção. Uma menininha entrou na loja segurando firme seu dinheiro. Antes que ela dissesse uma palavra, o dono, bravo, disse que ela saísse e lesse a placa na porta, e que ficasse lá fora até calçar um sapato. Ela saiu vagarosamente. Um homem grande a seguiu para fora da loja.
Ele a viu ficar na frente da porta e ler a placa: Não entrar descalço. As lágrimas começaram a rolar pelas suas bochechas. Então, o homem a chamou.
Eles sentaram na calçada, ele tirou seus sapatos tamanho 45, e os colocou em frente da menininha dizendo, “Aqui, você não vai conseguir andar com eles, mas se você os arrastar até lá dentro poderá pegar o seu sorvete.” Ele levantou a menininha e a calçou. “Não precisa se apressar,” ele disse, “eu fico cansado de ficar arrastando os pés dentro dos sapatos, e será bom ficar sentado aqui comendo meu sorvete.” Era impossível não perceber o brilho nos olhos da menininha à medida que ela arrastava os pés até o balcão para fazer seu pedido.
O homem era grande. Barriga grande, sapatos grandes, mas acima de tudo, tinha um grande coração.
Legalismo mata e faz a vida difícil. Sensibilidade às necessidades do próximo abençoa.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Comparada com divas pop, Barbie tatuada causa polêmica nos EUA

Colaboração Ana Luiza Janisch

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011 20:21

NOVA YORK (Reuters) - De cabelo rosa e tatuada no ombro e pescoço, a nova Barbie, lançada pela empresa Mattel numa edição limitada para colecionadores, está mais para a perturbada heroína da trilogia Millenium, de Stieg Larsson, do que para as Barbies mais tradicionais, que existem desde 1959.
Uma das mães considerou a boneca inofensiva. "Eles estão capturando um flagrante da cultura pop do jeito que ela realmente é. A Barbie não está criando a minha filha. Eu é quem estou" Reprodução/TokiDoki.com
 Desde que foi lançada pela Internet, neste mês, ao preço de 50 dólares, a boneca criada pela grife tokidoki, de Los Angeles, teve seu estoque esgotado, mas não parou de gerar polêmica.
 Embora seu foco seja o colecionador adulto, alguns pais questionam se um brinquedo deveria estimular modificações corporais. "Ela está ensinando as crianças a quererem tatuagens antes de terem idade para se vestirem desse jeito", disse Kevin Buckner, da Virgínia, a uma TV local.
 A Mattel não se pronunciou sobre a polêmica, mas nem toda a repercussão foi negativa. Para alguns adultos, a boneca reflete a moda e a cultura pop atuais.
 "Você já viu Lady Gaga, Nicki Minaj, Katy Perry, Rihanna?", argumentou, numa entrevista por email, Candace Caswell, uma mãe novaiorquina de 30 anos, acrescentando que as estrelas pop também têm tatuagens e usam perucas e roupas malucas.
 "Eles estão capturando um flagrante da cultura pop do jeito que ela realmente é. A Barbie não está criando a minha filha. Eu é quem estou", acrescentou ela.
 Para Heather Gately Stoll, do Colorado, o problema não são as tatuagens. "O que é inadequado para as crianças são as medidas dela", afirmou, referindo-se às curvas da boneca. "Se ela pode mudar de personalidade, por que não pode mudar de forma e tamanho?". E Sue Denis, de Nova York, embora diga não ter a intenção de gastar 50 dólares na boneca, não se sentiu ofendida.
 "Tenho um filho de 16 meses, e uma Barbie da tokidoki é a imagem feminina diversificada que eu gostaria de apresentar a ele, em relação às mais tradicionais", afirmou.
 A Barbie da tokidoki não é a primeira a ter tatuagens. Em 2009, algumas lojas recolheram a linha Totally Stylin' Tattoos por causa de queixas recebidas, e um ano antes a Mattel havia feito uma parceria com a fabricante de motos Harley Davidson para produzir uma Barbie com asas tatuadas nas costas. A produção da Barbie Butterfly Art foi suspensa em 1999, após queixas dos pais.
 Gayatri Bhalla, 41 anos, de Washington, que escreve um blog sobre experiências para meninas pré-adolescentes, acha que tudo não passa de marketing.
 "Por um lado, a empresa gosta de ter a Barbie como o brinquedo-ícone dos EUA para as meninas, e usá-la para promover coisas às quais a maioria dos pais não se opõe, como o 'Dia de Levar Sua Filha ao Trabalho'", disse ela.
 "Mas eles também criam a Barbie em imagens que a maioria dos pais optaria por não apresentar como modelo para suas filhas pequenas, e uma boneca tatuada no corpo todo recai nesse campo."
 (Reportagem de Chris Francescani)

Os Dez Mandamentos da Qualidade

1. Ao acordar, não permita que algo que saiu errado ontem seja o primeiro tema do dia. No máximo, comente seus planos no sentido de tornar seu trabalho cada vez mais produtivo.
Pensar positivo é qualidade.

2. Ao entrar no prédio de sua empresa, cumprimente cada um que lhe dirigir olhar, mesmo não sendo colega de sua área.
Ser educado é qualidade
3. Seja metódico ao abrir seu armário, ligar seu terminal, disponibilizar os recursos ao redor. Comece relembrando as notícias de ontem.
Ser organizado é qualidade.
4. Não se deixe envolver pela primeira informação de erro recebida de quem talvez não saiba de todos os detalhes. Junte mais dados que lhe permitam obter um parecer correto sobre o assunto.
Ser prevenido é qualidade.
5. Quando for abordado por alguém, tente adiar sua própria tarefa, pois quem veio lhe procurar deve estar precisando bastante de sua ajuda e confia em você. Ele ficará feliz pelo auxílio que você possa lhe dar.
Ser atenciodo é qualidade.
6. Não deixe de alimentar-se na hora do almoço. Pode ser até um pequeno lanche, mas respeite suas necessidades humanas. Aquela tarefa urgente pode aguardar mais 30 minutos. Se você adoecer, dezenas de tarefas terão que aguardar a sua volta, menos aquelas que acabarão por sobrecarregar seu colega.
Respeitar a saúde é qualidade.
7. Dentro do possível, tente se agendar (tarefas comerciais e sociais) para os próximos 10 dias. Não fique trocando datas a todo momento, principalmente a minutos do evento. Lembre-se de que você afetará o horário de vários colegas.
Cumprir o combinado é qualidade.
8. Ao comparecer a estes eventos, leve tudo o que for preciso para a ocasião, principalmente suas idéias. E divulgue-as sem receio. O máximo que poderá ocorrer é alguém poderoso ou o grupo não aceita-la. Talvez mais tarde, em dois ou três meses, você tenha nova chance de mostrar que estava com a razão. Saiba esperar.
Ter paciência é qualidade.
9. Não prometa o que está além do seu alcance só para impressionar quem lhe ouve. Se você ficar devendo um dia, vai arranhar o conceito que levou anos para construir.
Falar a verdade é qualidade.
10. Na saída do trabalho, esqueça-o. Pense como vai ser bom chegar em casa e rever a família ou os amigos que lhe dão segurança para desenvolver suas tarefas com equilíbrio.
Amar a família e os amigos é a maior qualidade.
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estudo vincula a violência juvenil ao abuso no consumo de refrigerantes

Por Por Richard Ingham | AFP 25/10/11

Cientistas anunciaram esta terça-feira, nos Estados Unidos, a descoberta de uma associação surpreendente, mesmo em termos estatísticos, entre a violência juvenil e a quantidade de refrigerante que os adolescentes tomam.
Alunos do ensino médio da região metropolitana de Boston que consumiram mais de cinco latas de refrigerante normal por semana demonstraram uma propensão a desenvolver um comportamento agressivo entre 9% e 15% maior em comparação com colegas que ingeriram menor quantidade.
"O que descobrimos foi a existência de uma forte relação entre quantos refrigerantes estes jovens consumiam e seu comportamento violento, não só com relação aos colegas, mas também em relacionamentos afetivos, com irmãos", afirmou David Hemenway, professor da Escola de Saúde Pública de Harvard.

"Foi chocante para nós perceber como esta relação era clara", disse em entrevista à AFP.
Mas ele ressaltou que apenas trabalhos futuros poderão confirmar ou descartar se um consumo maior de refrigerante não dietético causaria um comportamento violento.
O novo estudo se baseou nas respostas a questionários preenchidos por 1.878 estudantes de escolas públicas com idades entre 14 e 18 anos, na região metropolitana de Boston, onde Hemenway afirmou que as taxas de criminalidade eram muito maiores do que nos subúrbios com níveis de renda maiores.

A esmagadora maioria dos respondentes era hispânica, afro-americana ou miscigenada. Havia poucos asiáticos ou brancos.

Entre as perguntas estava a quantidade de latas de 355 mililitros de refrigerante não dietético que os adolescentes beberam nos sete dias anteriores.

Eles também foram questionados se ingeriram álcool ou fumaram, transportavam alguma arma ou foram violentos com colegas, familiares e parceiros afetivos.

Segundo Hemenway, as respostas evidenciaram uma relação causa-efeito, na qual quanto maior o consumo de refrigerante, maior a tendência de se apresentar um comportamento violento.

Entre aqueles que ingeriram uma ou duas latas de refrigerante por semana, 23% transportavam arma de fogo ou faca; 15% praticaram atos violentos contra o parceiro; e 35% agiram de forma violenta com os colegas.

Na outra ponta da tabela, entre aqueles que ingeriram 14 latas por semana, 43% transportavam arma de fogo ou faca; 27% agiram com violência com relação ao parceiro; e mais de 58% praticaram atos violentos com os colegas.

De modo geral, os adolescentes que mais consumiram refrigerantes foram de 9% a 15% mais propensos a demonstrar um comportamento agressivo em comparação com aqueles que consumiam menos.

Esta é uma magnitude similar ao vínculo encontrado em uma pesquisa anterior com o álcool e o tabaco.

Hemenway afirmou que o estudo incluiu duas questões relativas aos registros familiares das crianças, inclusive se o adolescente fez refeições em família nos dias anteriores.

Como só tinha a intenção de ser uma pesquisa preliminar, o questionário não consultou o tipo de refrigerante que os adolescentes beberam, afirmou.

"Este é um dos primeiros estudos a examinar" a questão, disse Hemenway.
"Nós não sabemos porque (existe esta forte associação). Pode haver algum efeito causal, mas também é certamente plausível que seja apenas um marcador para outros problemas - o de que crianças que são violentas independente do motivo tendem a fumar mais, a ingerir mais álcool e talvez a beber mais refrigerantes. Simplesmente, não sabenis", disse.

"Queremos examinar isso com mais cuidado nos estudos subsequentes", acrescentou.
Outros estudos estabeleceram um vínculo entre o consumo elevado de açúcar e falta de socialização ou comportamento irritável e antissocial.

Algumas pesquisas chegaram a apontar a falta de micronutrientes como fonte de agressão, mas este trabalho ainda está em estágio inicial.

O estudo foi publicado na revista britânica Injury Prevention.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O colar de turquezas azuis

Desconhecido



O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída, enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os seus olhos da cor do céu, brilharam quando viu determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis:

“É para minha irmã. Você pode fazer um pacote bem bonito?”

O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: “Quanto dinheiro você tem?”

Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e, feliz, disse: “Isto dá, não dá?” Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.

“Sabe”, continuou, “eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. Hoje é aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.”

O homem foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.

“Tome!” disse para a garota. “Leve com cuidado.”

Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou:

“Este colar foi comprado aqui?”

“Sim senhora.”

“E quanto custou?”

“Ah!” falou o dono da loja “o preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês.”

“Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. E esse colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.”

O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem: “Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha!”

O silêncio encheu a pequena loja, e lágrimas rolaram pela face da jovem, enquanto suas mãos tomavam o embrulho. Ela retornava ao lar emocionada…

A verdadeira doação é dar-se por inteiro sem restrições.

“O maior amor que alguém pode ter pelos seus amigos é dar a vida por eles.”
 João, capítulo 15 verso 13

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Saiba como o álcool afeta seu corpo

Especialistas dizem que não existe limite seguro para o consumo e recomendam que autoridades conscientizem população sobre riscos.

Da BBC

Os efeitos do consumo do álcool a curto prazo são conhecidos: ressacas, cansaço, má aparência.
A longo prazo, a ingestão da substância está associada a várias condições, entre elas o câncer da mama, câncer oral, doenças cardíacas, derrames e cirrose hepática, entre outras.
Pesquisas também associaram o consumo de álcool em doses elevadas à problemas de saúde mental, perda de memória e diminuição da fertilidade.
Entretanto, estudos também concluíram que, ingerida com moderação, a substância pode ter um efeito benéfico, ajudando a proteger o coração ao elevar os índices de bom colesterol no organismo e impedir a formação de coágulos sanguíneos.
As mensagens são contraditórias, levando especialistas ouvidos pela BBC a recomendar que as autoridades sejam mais claras em suas campanhas de conscientização.
Não existe nível absolutamente seguro de consumo de álcool, dizem. Mas se você quer beber, não exceda 21 unidades por semana para homens e 14 unidades por semana para mulheres.

Problemas Cardíacos e Câncer

A ingestão de mais de três copos de bebida alcoólica por dia prejudica o coração.
O consumo excessivo, especialmente a longo prazo, pode resultar em pressão alta, cardiomiopatia alcoólica, falência cardíaca e derrames, além de aumentar a circulação de gorduras no organismo.
As associações entre o consumo de álcool e o câncer também são bastante conhecidas.
Um estudo publicado no British Medical Journal no ano passado concluiu que o consumo de álcool provoca pelo menos 13 mil casos de câncer por ano na Grã-Bretanha, nove mil em homens e quatro mil em mulheres.
O efeito negativo do álcool para a saúde em geral pode estar associado a uma substância conhecida como acetaldeído - produto em que o álcool é transformado após ser digerido pelo organismo.
Essa substância é tóxica e experimentos demonstraram que ela danifica o DNA.
O cientista KJ Patel, que trabalha no laboratório de biologia molecular do Medical Research Council, na Grã-Bretanha, vem pesquisando os efeitos tóxicos do álcool.
'Não há a ocorrência de uma célula cancerosa a não ser que o DNA seja alterado. Quando você bebe, o acetaldeído está corrompendo o DNA da vida e colocando você no caminho para o câncer'.

Imunidade e Fertilidade

Um relatório publicado recentemente na revista científica Bio Med Central (BMC) Innunology revelou que o álcool afeta a capacidade do organismo de combater infecções virais.
E estudos sobre fertilidade indicam que mesmo o consumo moderado da substância diminui a probabilidade de uma mulher conceber. Nos homens, o consumo excessivo diminui a qualidade e quantidade de esperma.
KJ Patel acaba de completar uma investigação sobre os efeitos tóxicos do álcool sobre ratos.
Seu estudo indica que uma única dose excessiva de álcool durante a gravidez pode ser suficiente para provocar danos permanentes sobre o genoma do feto.
A Síndrome Alcoólica Fetal, segundo Patel, 'pode resultar em crianças com danos sérios, nascidas com anomalias na cabeça e face e com deficiências mentais'.

Fígado

O médico Nick Sheron, que comanda a unidade de fígado do Southampton General Hospital, na Inglaterra, disse que os mecanismos por meio dos quais o álcool prejudica o organismo não são claros.
'A toxicidade do álcool é complexa, mas sabemos que há um relacionamento próximo e claro'.
Quanto maior a ingestão semanal, maior o dano ao fígado e esse efeito aumenta exponencialmente em alguém que bebe de seis a oito garrafas de vinho - ou acima disso - nesse período.
Segundo Sharon, nas últimas duas ou três décadas, houve um aumento de 500% no número de mortes por doenças do fígado na Grã-Bretanha. Dessas, 85% foram provocadas pelo álcool. O ritmo desse crescimento começou a diminuir, mas muito recentemente.
'O álcool tem um impacto maior sobre a saúde do que o fumo porque ele mata em uma idade menor'. Segundo o especialista, doenças do fígado provocadas pelo consumo de álcool matam por volta dos 40 anos de idade.

Álcool x heroína, crack e cocaína

O consumo de álcool é, cada vez mais, um problema de saúde pública.
No início do ano, o serviço nacional de saúde britânico, NHS, anunciou que internações associadas ao consumo de álcool na Grã-Bretanha atingiram nível recorde em 2010.
Houve mais de um milhão de internações, em comparação com 945.500 em 2008-2009 e 510.800 em 2002-2003.
Quase dois terços dos pacientes eram homens.
Segundo a entidade beneficente britânica Álcool Concern, há estimativas de que o número de internações possa alcançar 1,5 milhão por volta de 2015.
Quando são considerados os perigos para o indivíduo e a sociedade como um todo, o álcool é mais prejudicial do que a heroína e o crack - concluiu um estudo publicado no ano passado na revista científica The Lancet.
O estudo, feito pelo Comitê Científico Independente sobre Drogas, órgão científico independente que estuda as drogas e seus efeitos, concluiu também que o álcool é três vezes mais prejudicial do que a cocaína e o tabaco porque é usado de forma muito mais ampla.

Consumo recomendado

A diretora de pesquisas do Institute of Alcohol Studies, Katherine Brown, disse que as orientações atuais sobre o consumo de álcool e a forma como essas diretrizes são comunicadas à população podem estar contribuindo para a desinformação do público.
'Precisamos ser cuidadosos quando sugerimos que existe um nível 'seguro' de ingestão. Na verdade, precisamos explicar que existem riscos associados ao consumo do álcool e que quanto menos você bebe, menor seu risco de desenvolver problemas de saúde'.
Para a especialista, é preciso mudar a percepção de que 'beber regularmente é uma prática normal e livre de riscos'.
O médico Nick Sheron concorda.
'Não existe um nível seguro. As pessoas apreciam um drink, mas precisam aceitar que existem riscos e benefícios'.

Fonte

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" Efésios 5:18

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A piscina e a cruz

Desconhecido

Um de meus amigos ia toda quinta-feira à noite a uma piscina coberta. Ele sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé. Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Era um excelente nadador. Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar o dedão antes de saltar na água.

Um dia tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu: “Sim, eu tenho um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens. Meu trabalho era ensina-los a nadar e a saltar de trampolim. Certa noite não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco; sendo o professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube.

“Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnifica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem.”

O professor de natação continuou: “Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram a mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue.

“Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Finalmente voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso … na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido!”

“Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado, seria meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei tão agradecido a Deus – que por me amar permitiu que eu continuasse vivo – que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar. Ele me salvou quando confessei os meus pecados e me entreguei a Ele.”

“Naquela noite fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque eu molho o dedão antes de saltar na água”.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A fé e a corda

Desconhecido



Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
Subindo por uma “parede”, a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu… Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida. De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade … shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada alem do que gritar:

“Oh, meu Deus! Me ajude!”
De repente uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:

“O que você quer de mim, meu filho?”

“Me salve, meu Deus, por favor!”

“Você realmente acredita que eu possa te salvar?”

“Eu tenho certeza, meu Deus.”

“Então corte a corda que tem mantém pendurado…”
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria…
Conta o pessoal de resgate que ao outro dia encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com as suas duas mãos a uma corda … a tão somente dois metros do chão.
E você, que tão seguro você está da sua corda? Por que você não a solta?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os Dois Anjos

Dois anjos viajantes pararam para passar a noite na casa de uma família rica. A família era rude e se recusou a deixar os anjos ficarem no quarto de hospedes da mansão. Em vez disso eles foram mandados a dormir num pequeno e frio espaço no porão.
Quando estavam fazendo sua camas no chão duro, o anjo mais velho viu um buraco na parede e consertou-o. Quando o anjo mais novo viu perguntou o por que disso, o anjo mais velho respondeu: “As coisas nem sempre são o que parecem ser.”
Na próxima noite os anjos foi descansar na casa de pessoas muito pobres, mas muito hospitaleiras, um fazendeiro e sua esposa. Depois de dividir o pouco de comida que tinham, o fazendeiro e sua esposa acomodaram os anjos na sua cama onde poderiam ter uma boa noite de descanso.
Quando o sol nasceu na manhã seguinte os anjos encontraram o fazendeiro e sua esposa em lágrimas. Sua vaca, cujo leite tinha sido sua única fonte de renda familiar, deitava morta no campo. O anjo mais novo estava furioso e perguntou: “Como você pode deixar isto acontecer? O primeiro homem tinha tudo e você o ajudou. A segunda família tinha pouco mas estava disposta a dividir tudo, e você deixou a vaca morrer.”
O anjo mais velho respondeu: “As coisas nem sempre são o que parecem ser.”
E continuou: “Quando nós ficamos no porão daquela mansão, eu vi que havia ouro guardado naquele buraco na parede. Sendo o dono totalmente obcecado por dinheiro e incapaz de dividir sua fortuna, eu tampei o buraco para que ele não achasse o ouro.
“Então na noite passada quando estávamos dormindo na cama do fazendeiro, o anjo da morte veio buscar sua esposa, eu lhe dei a vaca no lugar de sua esposa.”
“As coisas nem sempre são o que parecem ser”
Algumas vezes isto é exatamente o que acontece quando coisas não se concretizam do jeito que deveriam. Se você tiver fé, você só precisa acreditar que tudo que acontece é em seu favor.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A oração de Ana

Eliane Barbosa Carneiro
Samuel, contudo, ainda menino, ministrava perante o Senhor, vestindo uma túnica de linho.” I Sam 2:18

“Não era costume entrarem os levitas para os seus serviços peculiares antes que tivessem vinte e cinco anos de idade; Samuel, porém, foi uma exceção a esta regra. Cada ano lhe eram confiados encargos de mais importância; e, quando ainda era criança, um éfode de linho foi posto sobre ele em sinal de sua consagração ao serviço do santuário. Jovem como era ao ser trazido para ministrar no tabernáculo, tinha Samuel mesmo então deveres a cumprir no serviço de Deus, conforme sua capacidade. Estes eram a princípio muito humildes, e nem sempre agradáveis; mas cumpria-os da melhor maneira que lhe permitia a habilidade, e com coração voluntário. Levava sua religião a todo dever da vida. Considerava-se servo de Deus, e o seu trabalho como o trabalho de Deus. Seus esforços eram aceitos, porque eram motivados pelo amor a Deus e por um desejo sincero de fazer a Sua vontade. Foi assim que Samuel se tornou cooperador do Senhor do Céu e da Terra. E Deus o habilitou a cumprir uma grande obra em prol de Israel.
Se as crianças fossem ensinadas a considerar a humilde rotina dos deveres de cada dia como o caminho a elas indicado pelo Senhor, como uma escola em que deveriam adestrar-se para a realização de um serviço fiel e eficiente, quanto mais agradável e honroso lhes pareceria o seu trabalho! O cumprir todo dever como sendo ao Senhor, lança um encanto ao redor da mais humilde ocupação, e liga os obreiros na Terra com os seres santos que fazem a vontade de Deus no Céu.” PP p 573 e 574

Samuel foi um grande homem em Israel. Sacerdote desde menino, profeta e o último Juiz sobre Israel. Deus falava com ele! Um homem irrepreensível! Que mãe poderia desejar algo melhor para seu filho?

Mas não é sobre Samuel que gostaria de falar. Quero falar do tempo antes de seu nascimento.

“Elcana, levita do Monte Efraim, era homem de riqueza e influência, e um dos que amavam e temiam ao Senhor. Sua esposa, Ana, era mulher de piedade fervorosa. Meiga e humilde, distinguia-se o seu caráter por um grande ardor e fé elevada.

A bênção tão ansiosamente buscada por todo hebreu era negada a este bom casal; seu lar não se alegrava com vozes infantis; e o desejo de perpetuar seu nome levou o esposo – assim como já havia levado muitos outros – a contrair um segundo casamento. Mas este passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe felicidade. Filhos e filhas foram acrescentados à casa; mas a alegria e beleza da sagrada instituição de Deus foram mareadas, e interrompera-se a paz da família. Penina, a nova esposa, era ciumenta e dotada de espírito estreito, e conduzia-se com orgulho e insolência. Para Ana, parecia a esperança estar destruída, e ser a vida um fardo pesado; enfrentou, todavia, a prova com resignada mansidão.” PP p 569

Ana: nome de origem hebraica, significa “cheia de graça”.

Ana vivia com o espírito atribulado, angustiada por não poder ter os filhos que seu marido tanto queria, a ponto de casar-se com outra mulher para tê-los. Segundo a  tradição, a mulher que não tinha filhos não tinha a bênção de Deus. Ana sofria em silêncio. Sua vida era dura, pois tinha que suportar outra mulher que a humilhava grandemente. Penina se sentia superior, mesmo sendo a segunda esposa, porque tinha filhos e filhas e isto a tornava cada vez mais dura de coração.

Elcana era fiel a Deus e todos os anos subia a Siló para prestar culto ao Deus do céu. Nestas ocasiões festivas, levava sua família, e a Penina e seus filhos dava uma porção da oferta para o Senhor. Mas para Ana dava porção dobrada, pois entendia o seu sofrimento e a amava profundamente. Penina sentia-se muito enciumada, e aproveitava a situação para humilhar Ana, por ela não ter filhos.

Isto se repetia de ano em ano, até que Ana não mais o pôde suportar. Incapaz de ocultar sua mágoa, chorou sem constrangimento, e retirou-se da festa. Seu marido em vão a procurou consolar. “Por que choras? e por que não comes? e por que está mal o teu coração?” disse ele; “não te sou eu melhor do que dez filhos?” PP p 570

Ana sofria muito. A humilhação era terrível de se suportar. O que lhe restou foi procurar o consolo em Deus. Ana deixou a festa que se seguia em família e foi ao templo para orar. Orava intensamente, seu espírito estava elevado a Deus. Somente mexia seus lábios pois falava em seu coração. E chorava muito. Isto despertou a curiosidade do sacerdote Eli. Ele chegou a pensar que ela estava embriagada, pois naqueles dias, muitas festas religiosas, erroneamente, incluíam vinho. “Aparta de ti o teu vinho”, ele disse. Ana ficou surpresa, e defendeu-se dizendo “Não meu senhor, não tomei vinho nem bebida forte. Sou atribulada de espírito.” O sacerdote se comoveu com esta mulher e a despediu, rogando ao Deus do céu que concedesse o que ela tinha pedido.

Podemos ver que Ana teve uma atitude, ousada até para aqueles tempos. Pois as mulheres não eram bem vindas dentro do templo. Ana sentiu profunda necessidade de buscar a Deus. Não somente enquanto estava em casa, mas dirigiu-se ao templo, na presença de Deus. Foi buscar uma bênção! O Senhor tem bênção também para nós. Muitas vezes precisamos ir buscá-las em Sua presença. Estender nossas mãos até Ele. Ter atitude assim como Ana. Ela poderia ficar sofrendo e acomodar-se pensando que Deus assim desejasse, que ela não tivesse filhos em sua casa.

A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva que tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel – “pedido a Deus”. I Sam. 1:8, 10, 14-16 e 20. Logo que o pequeno teve idade suficiente para separar-se de sua mãe, ela cumpriu seu voto. Amava o filho com toda a devoção de um coração de mãe; dia após dia, observando suas faculdades que se expandiam, e ouvindo seu balbuciar infantil, cingia-o mais estreitamente em suas afeições. Era seu único filho, uma dádiva especial do Céu; mas recebera-o como um tesouro consagrado a Deus, e não queria privar o Doador daquilo que Lhe era próprio.

Mais uma vez Ana viajou com o esposo para Siló, e apresentou ao sacerdote, em nome de Deus, sua preciosa dádiva, dizendo: “Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição, que eu Lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver.” I Sam. 1:27 e 28. Eli ficou profundamente impressionado pela fé e devoção desta mulher de Israel.” PP p 570,571

Ana decidiu entregar o seu tesouro, aquele filho tão esperado, ao doador de toda vida.

“Todos os anos sua mãe fazia uma pequena túnica e a levava para ele, quando subia a Siló com o marido para oferecer o sacrifício anual.” I Sam 2:19

Desde o primeiro despontar da inteligência do filho ela lhe ensinara a amar e reverenciar a Deus, e a considerar-se como sendo do Senhor. Por meio de todas as coisas conhecidas que o cercavam, procurou ela elevar seus pensamentos ao Criador. Depois de separada de seu filho, a solicitude da fiel mãe não cessou. Cada dia ele era objeto de suas orações. Cada ano ela lhe fazia, com suas próprias mãos, uma túnica para o serviço; e, subindo com o esposo para adorar em Silo, dava ao menino esta lembrança de seu amor. Cada fibra da pequena veste era tecida com uma oração para que ele fosse puro, nobre e verdadeiro. Não pedia para o filho grandezas mundanas, mas rogava fervorosamente que ele pudesse alcançar aquela grandeza a que o Céu dá valor – que honrasse a Deus e abençoasse a seus semelhantes.” PP p 572

Ana não desejou riquezas materiais para seu filho. Somente “que honrasse a Deus e abençoasse seus semelhantes”. Que todos possamos em nossos mínimos afazeres estar com uma prece eleva a Deus. Tudo o que formos fazer, possamos fazer em oração. Desde um alimento preparado aos nossos filhos, aos cuidados que temos com eles, devemos estar em oração, pedindo a Deus que seu caráter seja irrepreensível! E Deus nos ouvirá, assim como ouviu Ana.

 “Eli abençoava Elcana e sua mulher, dizendo: “O Senhor dê a você filhos desta mulher no lugar daquele por quem ela pediu e dedicou ao Senhor”. Então voltavam para casa.

O Senhor foi bondoso com Ana; ela engravidou e deu à luz três filhos e duas filhas. Enquanto isso, o menino Samuel crescia na presença do Senhor”. I Sam 2:20 e 21

Ana orava fervorosamente por seu filho antes mesmo dele ser concebido!

A oração dos pais, especialmente da mãe tem grande poder sobre a vida dos filhos. Oremos por nossa família para alcançarmos as bênçãos que Deus nos tem preparadas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Eu tenho tempo!

Desconhecido




“Hoje, ao atender o telefone que insistentemente exigia atenção, o meu mundo desabou. Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me informava que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, meu ombro camarada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer quase que instantaneamente.

“Lembro de ter desligado o telefone, e caminhado a passos lentos para meu quarto, meu refúgio particular. As imagens de minha juventude vieram quase que instantaneamente a mente. A faculdade, as conversas em volta da lareira até altas horas da noite, os amores não correspondidos, as confidencias ao pé do ouvido, as colas, a cumplicidade, os sorrisos. – Ahh, os sorrisos – como eram fáceis de surgir naquela época. Lembrei da formatura, de um novo horizonte surgindo, das lágrimas e despedidas, e principalmente, das promessas de novos encontros.

“Lembro perfeitamente de cada feição do melhor amigo que já tive em toda a vida: em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido. E realmente, nunca fui. Perdi a conta das vezes em que ele carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço. Ou das mensagens – que nunca respondi – que ele constantemente me enviava, enchendo minha caixa postal eletrônica de esperanças e promessas de um futuro melhor. Lembro que foi o seu rosto preocupado que vi quando acordei de minha cirurgia para retirada do apêndice. Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai. Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito.

“Apesar do esforço para vasculhar minha mente, não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pego o telefone para ligar e dizer a ele o quanto era importante para mim contar com a sua amizade. Afinal, eu era um homem muito ocupado. Eu não tinha tempo. Não lembro de uma só vez em que me preocupei de procurar um texto edificante e enviar para ele, ou qualquer outro amigo, com o intuito de tornar o seu dia melhor. Eu não tinha tempo.

“Não lembro de ter feito qualquer tipo de surpresa, como aparecer de repente com uma pizza e um coração aberto disposto a ouvir. Eu não tinha tempo. Não lembro de qualquer dia em que eu estivesse disposto a ouvir os seus problemas. Eu não tinha tempo. Acho que eu nunca sequer imaginei que ele tinha problemas.

“Só agora vejo com clareza o meu egoísmo. Talvez – e este talvez vai me acompanhar eternamente – se eu tivesse saindo de meu pedestal egocêntrico e prestado um pouco de atenção e despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido ate não agüentar mais e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro que com certeza, não tinha a mínima condição de dirigir.

“Talvez, ele, que sempre inundou o meu mundo com sua iluminada presença, estivesse se sentindo sozinho. Ate mesmo as mensagens engraçadas que ele constantemente deixava em minha secretaria eletrônica, poderiam ser seu jeito de pedir ajuda. Aquelas mesmas mensagens que simplesmente apaguei da secretaria eletrônica, jamais se apagarão da minha consciência.

“Estas indagações que inundam agora o meu ser nunca mais terão resposta. A minha falta de tempo me impediu de responde-las. Agora, lentamente escolho uma roupa preta – digna do meu estado de espirito – e pego o telefone. Aviso o meu chefe de que não irei trabalhar hoje – e quem sabe nem amanha, nem depois …. -, pois irei tirar o dia para homenagear com meu pranto a uma das pessoas que mais amei nesta vida.

“Ao desligar o telefone, com surpresa eu vejo, entre lagrimas e remorsos, de que para isto, para acompanhar durante um dia inteiro o seu corpo sem vida, eu tive tempo!”

Já fazem muitos anos que escrevi este desabafo no diário de minha vida. Em parte para aliviar a dor que acoitava minha alma. Hoje estou casado, tenho dois filhos e todo o tempo do mundo. Descobri que se você não toma as rédeas da sua vida o tempo o engole e escraviza. Trabalho com o mesmo afinco de sempre, mas somente sou “o profissional” durante o expediente normal. Fora dele, sou um ser humano.

Nunca mais uma mensagem da minha secretaria eletrônica ficou sem pelo menos um “oi” de retorno. Procuro constantemente encher a caixa eletrônica dos meus amigos com mensagens de amizade e dias melhores. Escrevo cartões de aniversario e de Natal, sempre lembrando as pessoas de como elas são importantes para mim. Abraço constantemente meus irmãos e minha família, pois os laços que nos unem são eternos. Acompanhei cada dentinho que nasceu na boquinha de meus filhos, o primeiro passo, o primeiro sorriso, a primeira palavra. São momentos inesquecíveis. Procuro sempre “fugir” com minha esposa e voltar aos tempos em que éramos namorados e prometíamos desbravar o mundo.

Esses momentos costumam desaparecer com o tempo, e todo o cuidado é pouco. É preciso cultivar o relacionamento como uma frágil flor que requer cuidados constantes, mas que te brinda com sua beleza inenarrável. Nunca mais deixei um amigo sem uma palavra de conforto; ou um inimigo sem uma oração. Distribuo sorrisos e abraços a todos que me rodeiam – afinal, para que guardá-los? -. Pelo menos uma vez por mês, levo minha família a praia. Carrego a certeza de que sempre terei tempo para o amor e suas formas mais variadas.

E sabe de uma coisa? Eu sou muito, muito mais feliz!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Carga Pesada

L. Roberto Silvado



Alguém me contou a história de um homem que caminhava por uma estrada poeirenta carregando uma pesada mala. Para a sua surpresa um caminhão parou e mandou que ele subisse na boléia. Após alguns quilômetros o motorista do caminhão, incomodado, parou e perguntou ao carona porque ele continuava segurando a mala. Ao que ele respondeu:

O Senhor já está me levando de carona. Seria demais pedir que também levasse a minha mala.

Algumas vezes agimos assim com relação a Deus. Apesar de sabermos que é ele quem nos mantém vivos, achamos que podemos carregar sozinhos as cargas desta vida. É por isto que alguns de nós temos muita dificuldade para buscar a Deus e livrarmo-nos das nossas culpas. Carregamos o peso da culpa durante dias, semanas e até anos sem conseguir imaginar que é possível encontrar alivio e descanso. Por quê esperamos tanto?

Alguns de nós tem a impressão de que se formos a Deus muito rápido tornamos o perdão de Deus algo barato e inconsequente. “Temos que sofrer um pouco pelo mal feito!” Outros consideram muita pretensão esperar que seja possível conseguir o perdão de Deus. E ainda existem os mais arrogantes que pensam não ser necessário envolver Deus nestes assuntos particulares.

A Bíblia nos diz que “o Deus Eterno continua esperando porque ele quer ser bondoso e ter compaixão de vocês; pois ele é Deus que faz o que é direito. Felizes são aqueles que põem a sua esperança nele.Quando vocês clamarem pedindo socorro, o Deus Eterno, os ouvirá e atenderá.” O nosso Pai Celeste sempre estará disposto a ouvir o pedido de um coração arrependido que busque perdão e descanso.

Deus demonstrou que deseja libertar-nos da culpa dos nossos pecados através da morte do seu filho Jesus na cruz. “Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama: quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós.” Ali o Pai Celeste estava garantido que existiria perdão para todas as pessoas que o buscassem.

É por isto que podemos buscar a Deus a qualquer momento, certos de que na presença dele “receberemos misericórdia e encontraremos ajuda sempre que precisarmos dela.”

Vivendo esta mensagem hoje:

Você está precisando livrar-se de uma culpa do seu passado? O que está esperando para buscar a Deus e ser perdoado? Ele ouvirá a voz do seu coração arrependido e será bondoso e misericordioso.

Você conhece alguém que vive carregando as culpas do passado? Fale com ela sobre o perdão e descanso que ela poderá encontrar em Deus.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Demonstrando amor

Hedy Silvado



Estou fazendo um curso para pais e gostei muito da lição sobre as “linguagens do amor”. Um dos mais profundos desejos emocionais que temos é sentir que somos amados. Será que eu estou demonstrando amor de modo que meu esposo e filhos o percebem? Muitos filhos reclamam não ter recebido amor dos pais, mas na maioria das vezes eles o receberam, sim, mas numa linguagem diferente da sua e por isso não o perceberam (como se um falasse português e o outro japonês).
Há esposas e esposos que demonstram amor de formas diferentes não conseguindo comunicá-lo um ao outro. Tudo isto gera muita frustração que poderia ser evitada se as pessoas tomassem conhecimento deste estudo. (Há um livro com o título “As Cinco Linguagens do Amor” que recomendo a leitura caso você queira estudar o assunto).
Há basicamente 5 maneiras de se dizer “eu te amo”:

1. através de palavras de encorajamento – “Você é uma pessoa tão paciente!”, “Você fica muito bem com esta roupa!”, ” Gostaria de ter o capricho que você tem com o jardim!”, “Você sempre tem algo bom prá dizer!” Para alguns de nós o amor se expressa em palavras de reconhecimento e elogios.

2. através do toque físico e proximidade – segurar a mão, abraçar, ficar sentado perto, colocar o braço em volta do ombro, beijar – envia uma mensagem especial de amor.
3. dando tempo de qualidade – não é assistir televisão junto com seus filhos e/ou esposo, é dar toda a sua atenção a/s outra/s pessoa/s , é ouvir e responder adequadamente.
4. ações de serviço – prestar algum tipo de serviço, fazer algo especial para comunicar seu amor. Limpar o carro da esposa, consertar a torneira que está pingando, lavar a louça para ela, fazer o serviço de banco para o esposo, levar o carro dele na oficina, datilografar o trabalho do filho, arrumar o armário do filho (quando isto já não for obrigação sua). Toda a vez que você faz por uma pessoa algo que ela não espera, você diz “eu te amo”.
5. presenteando – dar um presente parece um gesto simples, mas pode representar muito para a pessoa que o recebe. Dar um presente de improviso (porque hoje é “dia de você”) comunica que “estive pensado em você”. Não precisa ser nada caro, pode ser até fazer o bolo favorito do esposo ou do filho.
Precisamos identificar a nossa linguagem principal, a de nosso cônjuge e de cada um dos filhos. Sua linguagem principal é aquela que você usa com mais frequência e se sente mais amado quando os outros a usam. Todos falamos mais de uma linguagem e no decorrer da vida aprendemos a usar as cinco.
Todos os dias escolhemos amar ou não amar. Amar seu cônjuge na linguagem de amor dele (ou dela) é um ato de amor maior do que praticar somente a sua linguagem principal.
Jesus nos amou a ponto de dar sua vida por nós e nos deixou o mandamento de amar ao nosso próximo como a nós mesmos. E amor é ação! Vamos lá, demonstre esse amor!
Tenha um bom dia!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Onde está doendo?


A sua ira dura só um momento, mas a sua bondade é para a vida toda. O choro pode durar a noite inteira, mas de manhã vem a alegria. Salmo 30:5


Onde está doendo, perguntei? A resposta foi: “O corpo todo.” Cair do telhado no chão, com as costas para baixo, não deve ser uma das experiências mais agradáveis para se experimentar. Foi isso o que aconteceu com um garoto, vizinho meu, quando “brincava de escalar” o telhado de uma retifica de automóveis, que ficava bem ao lado da minha casa. Levou um bom tempo para chegar o socorro e tirá-lo de lá. Apesar de não ter acontecido nenhuma conseqüência mais grave, o impacto da queda foi tão grande, que ele precisou de um bom tempo e da ajuda dos colegas para sair daquele lugar. Que dor! Aliás, a sensação deve ser semelhante a um caminhão ter passado em cima da gente. Você já se machucou muito? Caiu muito de bicicleta? Martelou muito o dedão?
Quando eu era pequeno, certa vez, minha mãe contou mais de trinta machucados em mim, entre pequenos hematomas, galos na cabeça, pele esfolada e casquinhas de machucados. Eu era uma ferida ambulante, mas isso nunca chegou a preocupar de fato minha mãe, afinal ela havia contratado o melhor anjo da guarda do céu! Acho que é por isso que estou vivo escrevendo essas inspirações!
Penso que hoje sou mais sensível à dor do que naquela época. Uma farpa no dedo já é suficiente para eu gritar por socorro, hoje em dia. Naquela época eu era meio super-herói, não queria chorar quando me machucava e coisas assim. Hoje tudo é diferente. A gente cresce e começa a ver as coisas de outro modo. As responsabilidades da vida moldam de maneira diferente nossas dores.
As lágrimas do coração são as mais doloridas. Neste mundo de pecado é assim mesmo, amigo. Somos magoados e magoamos os outros. Quando vejo um jovenzinho triste fico pensando que ele deveria estar jogando bola, brincando, passeando e não estar magoado, triste ou chateado. Eu sei que isso é inevitável, mas eu pergunto para você: Onde está doendo? Se for no coração, tenho algo para lhe contar. Essas feridas que são abertas na alma, são as mais difíceis de serem curadas, mas para elas temos o maior de todos os médicos. Jesus quer, enquanto você lê essas palavras, cicatrizar suas tristezas para que você volte a sorrir. Jesus o ama muito e cada lágrima que você derrama é um machucado no coração dEle. Onde está doendo? Jesus é a anestesia e a cura. Lembre-se: “o choro pode durar uma noite, mas a alegria virá de manhã!”


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Navio no estaleiro

Átila



Fiz uma visita a um estaleiro um tempo atrás. Algumas coisas me impressionaram. Mas principalmente a necessidade que os barcos têm de limpeza em seu casco. Uma “sujeira” que a gente não vê, mas que faz uma diferença tremenda em seu desempenho e afeta, até, sua vida útil. “Todo barco precisa de um tempo no estaleiro”, disse-me o velho marinheiro.

Logo veio à mente a minha própria vida. Quantas coisas vão se acumulando em nosso “casco”, coisas que vão nos impedindo de correr mais rápido, de alcançar objetivos sonhados, coisas que prejudicam nosso desempenho como pessoas no lar, no trabalho, com amigos, etc. Nossa tendência natural é nos entregarmos às muitas atividades, às rotinas que não nos permitem parar. Não dá, mesmo, para pensar! Enquanto isso, vão se acumulando em nossos “cascos” uma quantidade enorme de “limo emocional e espiritual”. Tanto que a pessoa percebe que algo está errado. Procura tomar remédios entregando-se a terapias superficiais. Tenta aliviar a carga espiritual entrando em uma igreja, lendo um trecho da Bíblia recomendado por alguém, mas não consegue nada duradouro porque seu problema está muito mais encrostado do que quer admitir. Um tratamento rápido e indolor não pode obter êxito. Precisamos parar no estaleiro. Precisamos empregar tempo sério para “limparmos o casco” e recobrarmos nossa sanidade emocional e espiritual.

Como? Um bom começo seria: “Roube um tempo de seu tempo para ficar a sós, em um lugar calmo. Pegue uma folha de papel para descrever sua vida nos últimos tempos. Qual sua impressão? Quais são as motivações verdadeiras por detrás de suas rotinas e maneiras de pensar e sentir? Peça a ajuda de Deus para esse processo. O texto do Salmo no capítulo 139, verso 23, pode ajudar: “Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos.” “Examinar” traz a idéia de “virar a pedra do jardim”. O que se vê sob ela? Vermes e fungos que habitam ali e a sujeira que estava oculta. Tudo debaixo da aparência lisa e bem pintada da pedra. Aliste os “vermes”, “fungos” e “limo” presentes debaixo “da pedra” e que tem impedido você de “navegar mais velozmente” e alcançar “o mar aberto” para sua vida. Pense em um projeto prático para cada um dos aspectos interiores não tratados. “Projetos práticos” são atividades objetivas, com data marcada, com base no desejo sincero de “limpeza interior” (mesmo que doa) e que entrarão em sua pilha de prioridades máximas. Lembre-se de que sua “saúde emocional e espiritual” está em jogo! Busque um “porto seguro” para começar tudo isso!

Em minha vida tem sido meu compromisso pessoal com Deus, a aplicação dos princípios claros de vida presentes na Bíblia (por exemplo o livro de Provérbios) e a ajuda de amigos verdadeiros, que tenham a mesma preocupação de crescimento e com a mesma base de princípios, e que me confrontem e aconselhem.


Sua vida é muito preciosa para ser levada de qualquer jeito!
 Sua vida é muito preciosa para não se desenvolver!
 Sua vida é muito preciosa para não ser tratada corretamente!
 Sua vida é muito preciosa para ficar longe de Deus!

Espero que seu tempo no “estaleiro” seja muito especial, sempre em companhia do especialista em barcos que precisam de reparos para a eternidade, sujos e desgastados – Jesus.

Um grande abraço, do seu amigo nesses mares.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

As três árvores


Era uma vez, no topo de uma montanha, três arvorezinhas que estavam juntas e sonhavam sobre o que chegariam a ser quando crescessem. A primeira arvorezinha olhou para as estrelas e disse: “Eu quero guardar tesouros, quero estar repleta de ouro e pedras preciosas. Serei o baú de tesouros mais bonito do mundo”. A segunda arvorezinha olhou para um pequeno arroio realizando seu caminho rumo ao mar, e disse: “Eu quero viajar por águas temíveis e levar reis poderosos sobre mim. Serei o barco mais importante do mundo”. A terceira arvorezinha olhou para o vale que estava abaixo da montanha e viu homens e mulheres trabalhando em um povoado: “Eu não quero sair nunca de cima da montanha. Quero crescer tão alto que quando os habitantes do povoado pararem para me contemplar, eles levantarão seu olhar para o céu e pensarão em Deus. Serei a árvore mais alta do mundo”.

Os anos se passaram. Choveu, brilhou o sol, e as três arvorezinhas ficaram grandes. Um dia, três lenhadores subiram ao topo da montanha. O primeiro lenhador olhou para a primeira árvore e disse: “Que árvore bonita!”, e com uma machadada a primeira árvore caiu. “Agora me transformarão em um baú bonito, que deverá conter tesouros maravilhosos”, disse a primeira árvore. O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse: “Esta árvore é bem forte, é perfeita para mim.” E com uma machadada, a segunda árvore caiu. “Agora deverei navegar por águas temíveis”, pensou a segunda árvore. “Serei um barco importante, para reis temidos e poderosos”. A terceira árvore sentiu seu coração sofrer quando o último lenhador olhou para ela. A árvore se manteve firme e alta e apontando ferozmente para o céu. Mas o lenhador nem sequer olhou para cima, e disse: “Qualquer árvore é boa para mim”. E com uma machadada, a terceira árvore caiu.

A primeira árvore se emocionou quando o lenhador a levou para uma carpintaria, mas o carpinteiro a transformou em um cocho para animais. Aquela árvore bonita não foi recoberta com ouro, nem foi ocupada por tesouros, mas foi coberta com serragem e preenchida com comida para animais. A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para perto de um porto, mas nenhum barco imponente foi construído nesse dia. Em vez disso, aquela árvore forte foi cortada e transformada em um simples barco de pesca; como este barco era muito pequeno e fraco para navegar no oceano, e até mesmo em um rio; então foi levado a um lago. A terceira árvore ficou atônita quando o lenhador a cortou para fazer vigas fortes e a abandonou em um armazém de madeira. “Que será que está acontecendo”, foi o que a árvore se perguntou, “Tudo o que eu queria era ficar no topo da montanha, apontando para Deus…”

Muitos dias e noites se passaram. As três árvores quase não se lembravam mais dos seus sonhos. Mas uma noite, uma luz de estrela dourada iluminou a primeira árvore quando uma jovem mulher colocou seu filho recém-nascido naquele lugar onde colocavam comida para os animais. “Eu queria ter feito um berço para o bebe”, disse o esposo a sua mulher. A mãe aperta a mão do seu esposo e sorri, enquanto a luz da estrela resplandecia sobre a madeira suave mas robusta do berço improvisado. E a mulher disse: “Esta manjedoura é bonita” e, de repente, a primeira árvore soube que continha o maior tesouro do mundo.

Uma tarde, um viajante cansado e seus amigos subiram ao velho barco de pesca. O viajante dormia enquanto a segunda árvore viajava tranqüilamente pelo lago. De repente, uma aterrorizante tormenta atingiu o lago, e a árvore se encheu de medo. Ela sabia que não teria forças para levar todos aqueles passageiros até a margem a salvo com todo aquele vento e chuva. O homem cansado se levanta e, com um gesto, diz: “Acalme-se!” A tormenta parou tão rápido quanto começou. De repente a segunda árvore soube que estava levando o Rei do céu e da terra.

Numa quinta-feira de manhã, a terceira árvore acha estranho quando suas vigas foram retiradas daquele armazém de madeira esquecido. Assustou-se ao ser levada por entre uma grande multidão de pessoas revoltadas. Encheu-se de temor quando uns soldados cravaram as mãos de um homem no seu tronco. Sentiu-se feia, rude e cruel. Mas, no domingo de manhã, quando o sol brilhou e a terra tremeu com júbilo sob o seu tronco, a terceira árvore soube que o amor de Deus havia mudado tudo. Isso fez com que ela se sentisse forte, pois cada vez que as pessoas pensassem na terceira árvore, pensariam em Deus. Isso era muito melhor do que ser a árvore mais alta do mundo.

Esta pequena estória reflete nosso desejo simples de sonhar e controlar situações para que cada sonho se tornem realidade. Mas quando depositamos nossas vidas nas mãos de Deus, num compromisso eterno, num pacto de vida, é que começamos a ser conduzidos a percorrer caminhos que podem ou não realizar nossos sonhos mais profundos, mas certamente – com toda a convicção posso afirmar isso – serão os melhores destinos para o tempo que ainda temos para viver agora e na eternidade! Pessoas ainda estão tentando “fazer acontecer”. Por isso tudo depende de uma decisão e não de sonho. Basta entregar-se de todo coração para começar a viver essa experiência maravilhosa da nova vida sob a direção de Deus! Converse com Ele agora e diga qual foi sua decisão, seu compromisso!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Eu mereço esse sofrimento?

L. Roberto Silvado



Quando experimentamos adversidades e problemas, podemos começar um processo de auto-comiseração onde culpamos a nós mesmos pelo que está acontecendo. Então começamos a sentir que fizemos alguma coisa errada para merecer aquela punição. Embora o exame da nossa vida, comportamento e motivações, seja algo muito saudável nós devemos evitar ceder a uma “viagem da culpa” que nos leve a concentrar nas nossas faltas e erros. Quem não os tem?

Isto tudo pode ainda ficar pior se outras pessoas tentam colocar sobre os nossos ombros o peso da culpa quando estamos passando por um momento de dificuldades. Foi exatamente isto o que aconteceu com Elifaz, amigo de Jó. Ele era um homem com uma grande percepção de quem era Deus e dos seus padrões morais. Ele corretamente observou que quando estamos fazendo o que é certo, estamos fazendo apenas o que Deus requer de nós. Por isso, não deveríamos esperar elogios ou benefícios especiais por sermos corretos e justos pois “Que lucro tem Deus se você é correto em todas as coisas?” Mas infelizmente ele estava errado ao insistir que a razão dos problemas de Jó era “… porque cometeu muitos pecados, e as suas maldades não tem conta.” Ele também errou ao prometer a Jó que os seus problemas desapareceriam imediatamente se ele se arrependesse dos seus pecados. É verdade que existe alívio interior quando pedimos a Deus perdão pelos nossos pecados porque “…se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a Sua promessa e fará o que é justo; perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade.” Entretanto, fazer isto de forma alguma nos livra das conseqüências destes mesmos pecados.

Além do mais a maioria dos nossos problemas são o resultado direto de vivermos em um mundo imperfeito. Deus usa estas adversidades para tornar-nos pessoas mais fortes e para preparar-nos para ajudar a outros. O apóstolo Paulo disse que Deus nos conforta de tal maneira que nos capacita a levar uma palavra de ânimo aos que têm necessidade. Esta é a sua afirmação: “Louvado seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda! Ele nos auxilia em todas as dificuldades para podermos ajudar os que têm as mesmas dificuldades que nós temos. E nós damos aos outros a mesma ajuda que nós recebemos de Deus.” Devemos nos lembrar sempre de que Deus nunca está no sofrimento, mas sempre no coração de quem sofre!

Quando problemas invadem nossa vida ou a vida de outros perto de nós, vamos evitar fazer um julgamento rápido e leviano dizendo:

“Eu bem que mereci! … O que será que eu fiz de errado?” ou

“Bem feito! … Só podia acontecer isto … Ela só colheu o que plantou…”.

Ao invés disto vamos buscar o conforto de Deus para os nossos corações, para que possamos levar conforto também. Vamos experimentar uma vida mais gostosa de ser vivida tornando-a melhor para aqueles que estão ao nosso redor!

Devemos sempre lembrar de que Deus nunca está no sofrimento, mas
 Deus sempre está no coração sofredor trazendo conforto e ajudando a crescer!
 Texto Bíblico Utilizado:Jó 22:3; Jó 22:5; 1 João 1:9; 2 Cor. 1:3-4

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A mais bela flor

O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho, desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.
E como se eu não tivesse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
“Veja o que encontrei!”
Na sua mão uma flor – que visão lamentável – pétalas caídas, pouca água ou luz. Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
“O cheiro é ótimo, e é bonita também… Por isso a peguei; hei-la, é sua.”
A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Então me estendi para pegá-la e respondi:
“O que eu precisava.”
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos. Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
“De nada”, ele sorriu, e então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.
Sentei-me e me pus a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão.
Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim eu. E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradecido a Deus por ver a beleza da vida, e apreciei cada segundo que é só meu. Então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa. Sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A casa queimada

Desconhecido



Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus,e sabia que Deus o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.

Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

“Deus! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?”

Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo: “Vamos rapaz?”

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo: “Vamos rapaz, nós viemos te buscar”

“Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?”

“Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.”

Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.

Quantas vezes “nossa casa se queima” e nós gritamos como aquele homem gritou? Na Bíblia, em Romanos 8:28 lemos que todas as coisa contribuem para o bem daqueles que amam a Deus. Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo.

É preciso acreditar e confiar!
 Texto Bíblico Utilizado:Romanos 8:28

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Carpinteiro e a casa

Adaptado



Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Contou a seu chefe os planos de largar o serviço de carpintaria e construção de casas, para viver uma vida mais calma com sua família. Claro que sentiria falta do pagamento mensal, mas necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial.
O carpinteiro consentiu mas, com o tempo, era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão de obra e matéria prima de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.
Quando o carpinteiro terminou o trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro. “Esta é a sua casa”, ele disse, “meu presente para você.”
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora iria morar numa casa feita de qualquer maneira.
Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.
Pense em você como um carpinteiro. Pense na sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente, pois é a única vida que você construirá. Mesmo que tenha somente mais um dia de vida, esse dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade.

A vida é um projeto de “faça você mesmo”.

O que poderia ser mais claro que esta frase? Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizer hoje.
Parece ser difícil? Muita responsabilidade? Peça a ajuda a Deus:

“Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, ele dará
 porque é generoso e dá com bondade a todos”
Bíblia, livro de Tiago, capítulo 1 verso 5
 Texto Bíblico Utilizado:Tiago 1:5

domingo, 2 de outubro de 2011

Por que Deus permite o mal?

Rick Warren traduzido por Billy Rios



O horrível assassinato em massa de inocentes no dia 11 de setembro de 2001 deixa todas as pessoas racionais chocadas, iradas, tomadas pelo pesar, e entorpecidas. Nossas lágrimas correm livremente pela face e nossos corações e carregam uma profunda dor.

Como é que isso foi acontecer? Na medida em que mães, pais, irmãos, irmãs, amigos e vizinhos, e colegas de trabalho começam a compartilhar suas histórias de horror, esta tragédia se tornará ainda mais pessoal. E na medida em que esta tragédia se torna mais pessoal, ela se torna ainda mais dolorosa e na medida em que nossa dor se torna mais profunda, da mesma forma as perguntas que fazemos também se tornam mais profundas.

Porque Deus deixa o mal acontecer?
 Se Deus é tão grande, tão bom, porque ele permite aos seres humanos ferirem uns aos outros?

A resposta se encontra em dois extremos: Nossa maior bênção e nossa pior maldição, ou seja, nossa capacidade de escolher. Deus nos tem dado um livre arbítrio. Feitos à imagem de Deus, ele nos tem dado a liberdade de decidir como agiremos, e a habilidade de fazer escolhas morais. Esta é uma vantagem que nos diferencia dos animais, mas é também uma fonte de muita dor em nosso mundo. Pessoas, e isso inclui todos nós, geralmente fazem decisões egoístas, centradas em si mesmas. Escolhas más. O que quer que aconteça, as pessoas se machucam. Pecado é, em última análise, egoísmo. Quero fazer o que quero, não o que Deus me diz para fazer. Infelizmente, o pecado sempre fere outros, não apenas nós mesmos.

Deus poderia ter eliminado todo o mal de nosso mundo simplesmente removendo nossa habilidade de escolher a ele ou não. Ele poderia ter-nos feito como bonecos, marionetes com cordas através das quais ele nos controlaria. Ao tirar a nossa habilidade de escolha, o mal desapareceria.

Mas Deus não deseja que sejamos simples bonecos. Ele deseja ser amado e obedecido por criaturas que voluntariamente escolhem fazê-lo. Amor não é genuíno se não existe uma outra opção. Sim, Deus poderia ter evitado que os terroristas completassem as suas missões suicidas ao tirar deles a habilidade de escolher suas próprias vontades ao invés da dele. Mas, para ser justo, Deus teria que fazer isso também com todos nós. Você e eu não somos terroristas, mas nós causamos feridas nos outros com as nossas decisões egoístas e ações.

Você pode ouvir pessoas desinformadas dizerem: “Isto deve ter sido vontade de Deus”. Não faz nenhum sentido! Em um mundo de livre arbítrio, a vontade de Deus raramente é realizada! Fazer a nossa própria vontade é muito mais comum. Não culpe a Deus por esta tragédia. Ponha a culpa em pessoas que ignoram o que Deus nos tem dito para fazer: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”. No céu, a vontade de Deus é feita perfeitamente. Esta é a razão porque não há lágrimas, dor, ou mal lá. Mas esta é a Terra, um lugar de queda, imperfeito. Nós temos que escolher fazer a vontade de Deus todos os dias. Isto não é automático. É por isso que Jesus nos disse para orar: “Seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”.

A Bíblia explica a origem do mal: “Esta é a crise em que estamos! A luz de Deus brilhou no mundo, mas homens e mulheres em toda a parte correram para as trevas porque eles não estavam realmente interessados em agradar a Deus”. Nós estamos mais interessados em agradar a nós mesmos.

Há muitas outras questões que correm pela nossa mente durante dias de trevas. Mas as respostas não virão de pesquisas de opinião, pessoas que sabem tudo, ou de políticos. Temos que olhar para Deus e Sua Palavra. Temos que humilhar a nós mesmos e admitir que cada um de nós geralmente escolhe ignorar o que Deus deseja que façamos.

Nós fomos feitos para um relacionamento com Deus, mas Ele espera que O escolhamos. Ele está pronto para confortar-nos, guiar-nos, e dirigir-nos no meio da nossa dor e pesar.

Minha sugestão é que você busque a Deus com sinceridade. Mas a escolha é sua!

 Texto Bíblico Utilizado:João 3:19

sábado, 1 de outubro de 2011

A máquina de escrever

Desconhecido



Apxsar dx minha máquina dx xscrxvxr sxr um modxlo antigo, funciona bxm, com xxcxção dx uma txcla.

Há 42 txclas qux funcionam bxm, mxnos uma, x isso faz uma grandx difxrxnça.

Às vxzxs, mx parxcx qux mxu grupo x como a minha máquina dx xscrxvxr, qux nxm todos os mxmbros xstão dxsxmpxnhando suas funçõxs como dxviam, qux txm um mxmbro achando qux sua ausxncia não fará falta…

Vocx dirá: “Afinal, sou apxnas uma pxça sxm xxprxssão x, por isso, não farxi difxrxnça x falta à comunidadx.” Xntrxtanto, para uma organização podxr progrxdir xficixntxmxntx, prxcisa da participação ativa x consxcutiva dx todos os sxus intxgrantxs.

Na próxima vxz qux vocx pxnsar qux não prxcisam dx vocx, lxmbrx-sx da minha vxlha máquina dx xscrxvxr x diga a si mxsmo: “Xu sou uma pxça importantx do grupo x os mxus amigos prxcisam dx mxus sxrviços!”

Pronto, agora consertei a minha máquina de escrever. Você entendeu o que eu queria te dizer?

Percebeu a sua imensa participação na vida daqueles ao seu redor? Percebeu que assim como tem pessoas que são importantes para nós, também, somos importantes para alguém?

Lembre-se de que somos parte do Universo e como tal somos uma peça que não podemos faltar no quebra-cabeça da vida…

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